31/01/2019 12h53 - Atualizado em 31/01/2019 13h47

Estado e CGU traçam metas para combate à corrupção

O governador do Estado, Renato Casagrande, recebeu, na manhã desta quinta-feira (31), o ministro Wagner de Campos Rosário, da Controladoria-Geral da União (CGU). Foram traçadas metas e parcerias no combate à corrupção. Durante o encontro no Palácio Anchieta, foram abordados três temas: a implementação de programas de integridade na administração pública, a troca de experiências em tecnologia e a inclusão do projeto de ética e cidadania para crianças na rede de ensino.
 
“O ministro nos apresentou o programa ‘Um por todos e todos por um’, que faz uma interação com as crianças através de livros que ensinam sobre ética, a importância sobre o dinheiro público e mostram o que é a corrupção. Também falamos sobre parcerias em tecnologia, como digitalização de processos administrativos que, por serem ainda de forma analógicos, acabam atrasando o seu andamento. Foi uma visita muito valiosa”, resumiu Casagrande.
 
O ministro Wagner Rosário mostrou-se animado com o trabalho de transparência que voltou a ser feito no Estado e acredita em parcerias firmadas em breve. “Estamos percorrendo os estados e mostrando a importância de implementar programas de integridade, que nada mais é que entender os riscos e mudar a cultura dos órgãos”, destacou.
 
Segundo ele, cada órgão da administração trabalha de uma forma e tem seus próprios riscos. “Por exemplo, um fiscal corre o risco de receber propina. Já em uma obra, o risco é outro. O Espírito Santo já vem trabalhando nesse sentido de apresentar os riscos. Também abordamos o uso da tecnologia. Temos pouco dinheiro e alguém vai desenvolver algo e esse algo tem que ser para todos. O nosso sistema de denúncia não é pensado apenas para a CGU, mas para o uso de todos os municípios”, comentou.
 
Em relação ao “Um por todos e todos por um”, o ministro explicou que se trata de um projeto de ética e cidadania para as crianças: “É um material em parceria com Maurício de Souza, utilizando a Turma da Mônica, envolvendo as crianças sobre o que é ética e cidadania, da necessidade de zelo no uso do dinheiro público”.
 
O secretário de Estado de Controle e Transparência, Edmar Camata, frisou a importância de novas tecnologias para agilizar o andamento de processos disciplinares.
 
“Atualmente, 100% dos processos administrativos da Corregedoria estão em papel, causando uma resposta mais lenta à punição de servidores. A CGU vai implantar esse ano ainda o processo eletrônico e vamos adotá-lo também. É preciso que os casos sejam resolvidos de forma mais rápida, seja para punir aquele que não devia estar no serviço público, como também para reconhecer aqueles que não tiveram condutas negativas. Para o bom gestor, ficar com um processo rodando um ou dois anos é muito ruim”, ponderou. 

Também estiveram presentes na reunião: o procurador-geral do Estado, Rodrigo de Paula; o ouvidor-geral da União, Valmir Dias; o superintendente da CGU no Espírito Santo, Glauco Soares Ferreira; e Silvio Oliveira, assessor da CGU.

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