Valorização do Centro de Vitória: Governo autoriza uso de patrimônio histórico a importante instituto do Estado
Uma ação de valorização da história e do patrimônio do Estado foi realizada, na manhã desta quarta-feira (28), pelo governador Paulo Hartung. O chefe do Executivo, acompanhado da secretária de Gestão e Recursos Humanos, Dayse Lemos, assinou, no gabinete do Palácio Anchieta, um documento que cede ao Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo (IHGES) o uso do imóvel popularmente conhecido como Casa Amarela, localizado na Cidade Alta, no Centro de Vitória.
A assinatura do termo de cessão permitirá que o espaço seja utilizado pelo IHGES que, há mais de 100 anos, promove estudos e pesquisas sobre a memória capixaba e trabalha para a conservação de obras, documentos e objetos ligados à história e geografia do Espírito Santo. Fatos esses que o torna a associação cultural mais antiga do Estado, ainda em atividade.
"Esse ato faz parte de um trabalho extremamente relevante que é dar ao Centro histórico de Vitória uma posição de destaque em nossa cidade, no estado e no país. Acredito que, após a restauração do Palácio Anchieta, o Centro da capital passou a ser mais valorizado e estabeleceu-se uma nova relação entre a população e essa região histórica. Nosso trabalho é criar um circuito cultural na Cidade Alta para a sociedade capixaba e os visitantes reviverem nossa história, nossas raízes", destacou o governador Paulo Hartung.
“Com a cessão da Casa Amarela, o Estado autoriza ao instituto a ocupação de um imóvel que carrega em sua estrutura toda uma bagagem histórica e cultural. Contribui, ainda, para a valorização do Centro de Vitória, especialmente numa região que abriga outras construções relevantes, como o Palácio Anchieta, a Casa da Música, a Academia Espírito-Santense de Letras e o Instituto dos Advogados do Espírito Santo. Certamente, o uso do imóvel por um órgão centenário com atribuições expressivas potencializará a vocação cultural deste lugar”, discursou Dayse.
Para o 2º vice-presidente do IHGES, desembargador José Paulo Calmon, “A ação resgata a ‘autoestima’ do instituto, que é responsável por estudar a história e a geografia capixaba, ou seja, o corpo e a alma do Espírito Santo. E reforça a importância de manter uma edificação que representa a história do Estado”.
“A casa é um sonho antigo do instituto e hoje ele está se concretizando”, completou o vice-presidente do órgão, Paulo Stuck Moraes.
Casa Amarela
A Casa Amarela é um imóvel projetado e construído pelo arquiteto ítalo-brasileiro André Carloni, responsável por monumentos como o Teatro Carlos Gomes, o Palácio Sônia Cabral e pela remodelação da Igreja do Carmo.
Com fachada em estilo eclético e elementos decorativos de inspiração neoclássica, a Casa Amarela ornamenta o cenário da cidade alta e testemunha o desenvolvimento da capital do Estado, servindo como suporte para a memória coletiva e identidade cultural da sociedade capixaba.
O imóvel, utilizado apenas como residência no início do século XX, foi tombado em 2009 pelo município de Vitória, em razão de seus grandes valores histórico, arquitetônico e paisagístico. Ele está localizado na Praça João Clímaco, nº 44, Cidade Alta, Centro de Vitória.
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Éricka de Almeida Silva
Texto: Vitor Possatti