05/08/2017 19h56 - Atualizado em 05/08/2017 20h40

Egressos atendidos pelo Escritório Social conquistam vagas de emprego

Vários ex-detentos, que deixaram o sistema prisional capixaba nos últimos meses, estão recebendo ajuda para retornarem ao convívio da sociedade. Essa assistência, de extrema importância para esses egressos e seus familiares, está sendo prestada pela equipe do Escritório Social.

Implantado no Espírito Santo de forma pioneira, em abril de 2016, o Escritório Social faz parte do projeto Cidadania nos Presídios, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O Escritório Social reúne em um mesmo local atendimentos e serviços para dar suporte aos egressos do sistema prisional e para suas famílias em diversas áreas como saúde, qualificação, encaminhamento profissional e atendimento psicossocial.

Dessa forma, aqueles que já deixaram o sistema prisional capixaba podem resgatar sua cidadania e vencer as barreiras no retorno à sociedade, contribuindo para a redução da reincidência criminal.

Nos seis primeiros meses de funcionamento, o Escritório Social já atendeu a mais de 1,5 mil pessoas, entre egressos e familiares. Esse total inclui 712 encaminhamentos para emissão de documentos, 194 encaminhamentos para serviços de saúde e 166 encaminhamentos para a rede pública de ensino.

Do total de 1,5 mil atendidos, 397 foram encaminhados a agências do Sine e 73 para cursos de qualificação profissional. Outros 71 conquistaram uma vaga no mercado de trabalho.

Um desses egressos é Patrick Cardoso, 24 anos, que ficou custodiado pelo Estado por três anos. Ele trabalha há dois meses como auxiliar de obras em uma empresa, após ser encaminhado pelo Escritório Social. “Se eu tivesse que conseguir emprego sozinho, seria difícil, pois quem foi preso sofre discriminação. O Escritório ajuda bastante a quem quer mudar de vida. Pretendo voltar para conseguir uma vaga em algum curso e me preparar para outras oportunidades no futuro”, disse.

Rogerio de Oliveira Santos, 32 anos, é outro egresso que conseguiu um emprego por meio de encaminhamento do Escritório Social, após cumprir quatro anos de pena no presídio. “No Escritório encontrei as portas abertas. Abracei a oportunidade, fiz entrevista e consegui um trabalho como auxiliar de limpeza”, contou. 

Já o egresso Marcos Antonio Ferreira Lima, 24 anos, resolveu atuar como trabalhador autônomo. Com o apoio da esposa e da sogra, ele produz e vende biscoitos e doces nas ruas da Grande Vitória.        

Além do encaminhamento para o emprego, os egressos também têm a oportunidade de estudar e se qualificar por meio do Escritório Social. É o caso de Elizeu Mudesto de Andrade, 35 anos, que cumpriu pena por nove anos e vem sendo acompanhado pela equipe desde que ganhou a liberdade, há três meses.

Nesse período, Elizeu fez o curso de Recepção e Segurança e Portaria, no Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial). Agora, com o certificado de conclusão do curso nas mãos, ele busca uma oportunidade no mercado de trabalho. “O Escritório me possibilitou fazer um curso no Senac, que eu não teria condições de pagar, e agora estou procurando uma oportunidade de trabalho”.

O egresso Alexandre Rodrigues da Motta, 21 anos, ressalta a importância de ter o apoio da equipe após ganhar a liberdade. “Achei interessante esse acompanhamento que recebemos, pois muita gente sai do presídio e não sabe o que fazer, fica perdido. No Escritório, é como se recebêssemos um empurrão para retomar a vida. Achei essa iniciativa muito bem elaborada. Pretendo buscar ajuda para fazer um curso e voltar a estudar.”

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