Governador inaugura 1ª Academia Estudantil de Letras
O governador Paulo Hartung visitou, na manhã desta quarta-feira (28), o Centro Estadual de Ensino Fundamental e Médio em Tempo Integral Joaquim Beato, que é uma unidade do Programa Escola Viva. Na oportunidade, ele também participou da solenidade de inauguração e posse dos membros da 1ª Academia Espírito-Santense Estudantil de Letras.
Logo na chegada o governador foi recebido por um corredor de palmas formado pelos estudantes e em seguida conheceu os espaços apresentados pelas jovens protagonistas Bianca Rodrigues Martins, Amanda Rodrigues Martins, Thais Franzin Gomes e Gabrielly Patrocínio, que guiaram a visita explicando cada detalhe sobre como funciona a dinâmica da escola.
As estudantes Maria Luiza Reis da Silva e Emily Macedo Silva contaram um pouco sobre as experiências vivenciadas e o que mudou a partir da escolha de estudar nesse novo modelo de escola. “Quando entrei nessa escola eu senti que aqui não era apenas minha nova escola e sim uma nova família. Aqui é minha segunda casa. Os professores são atenciosos, são nossos amigos e eu percebi que tive um importante crescimento aqui dentro”, afirmou Emily.
Dentre os espaços da escola visitados, o governador conheceu um pouquinho mais sobre a horta criada dentro da escola pelos estudantes na disciplina eletiva “Um pé de quê?” e também conferiu um experimento com lâmpadas para demonstração de curto circuito, apresentado pelos alunos Gabriel dos Santos Neves e Gabriel Costa dos Santos, no laboratório de física.
A escola atende, atualmente, 425 estudantes do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio, do bairro Planalto Serrano e adjacências, no município de Serra.
O governador Paulo Hartung avalia que, entre os desafios que o país vivência, está a necessidade de avançar na inclusão dos jovens em políticas públicas sólidas para possibilitar o acesso ao conhecimento. “Uma escola com nova pedagogia e que leva o nome de Escola Viva dialoga com os tempos de desafios e oportunidades que vivemos. Nesta unidade, homenageamos o professor Joaquim Beato que tanto contribuiu com os capixabas e deixou uma marca, um bom exemplo, que serve de luz para iluminar esse momento tão difícil do país”, destacou.
O secretário de Estado da Educação, Haroldo Rocha, destacou a importância do local. “A Escola Viva Joaquim Beato tem uma história ainda pequena, mas já produz muita notícia boa. Vocês são os primeiros a escreverem essa história, no ano que vem teremos ainda mais e novos alunos. Nesse momento de debate sobre a reformulação do Ensino Médio temos algumas certezas e uma delas é que estamos no caminho certo com a implantação da Escola Viva. Em 2017, serão mais 10 unidades implantadas”.
Após a visita, teve início a cerimônia de inauguração da 1ª Academia Espírito-Santense Estudantil de Letras, onde 20 estudantes se tornaram os acadêmicos jovens diplomados e ocuparam lugares nas respectivas cadeiras consagradas por imortais.
A Escola Viva Joaquim Beato foi a primeira escola do Estado a desenvolver a Academia, por meio da disciplina eletiva chamada “A descoberta do mundo através da leitura”, que envolve a participação de estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental e das 1º e 2º séries do Ensino Médio.
A professora de português, Ivanna Silva Carneiro da Frota, explicou um pouco sobre como desenvolveram o trabalho. “Nós abraçamos a ideia. Somos a escola piloto, a primeira desenvolver esse trabalho e me sinto honrada e emocionada com esse dia. É gratificante ver os alunos empolgados. A finalidade da Academia é estimular o gosto pela leitura e aprimorar a escrita”, contou.
Convidado para ser o patrono da academia, o escritor e presidente da Academia Espírito-Santense de Letras, Francisco Aurélio Ribeiro, marcou presença no evento e disse ter tido uma grata surpresa com a inauguração. “Fui surpreendido com a iniciativa. Os estudantes procuraram a Academia em busca de orientações para desenvolverem as atividades. É gratificante vê-los tão empolgados, é assim que as pessoas evoluem. E é isso que me surpreende, essa busca pela edificação da leitura, pois o índice de leitura no Brasil é muito baixo e não equivale ao nosso potencial. Essa iniciativa traz o novo e esperamos ver mais dela espalhadas por mais escolas”, disse.
Francisco Aurélio Ribeiro é um dos grandes nomes da literatura do Espírito Santo. Autor de mais de 50 obras – sendo 17 para o público infantil – é formado em Letras e Direito, com especialização em Língua Portuguesa e Administração Universitária, e mestrado e doutorado em Letras.
Para Brenna Cardoso, da 1º série do Ensino Médio, que foi uma das estudantes que tomaram posse ser membro da 1ª Academia Espírito-Santense Estudantil de Letras é de extrema importância. “Vai ajudar a gente melhorar o português, a ler mais e escrever mais. Seremos mais estimulados e estou muito feliz de participar desse momento”.
A 1ª Academia Espírito-Santense Estudantil de Letras será um espaço de leitura e para o ensino da literatura, com o objetivo de despertar o interesse de estudantes de escolas públicas em ler e escrever, provocar reflexões, elevar a autoestima e favorecer o exercício do protagonismo infantojuvenil.
Escola Viva
Ofertando aproximadamente 4 mil vagas para estudantes de várias regiões do Espírito Santo, o Programa Escola Viva está proporcionando um leque de oportunidades para os jovens capixabas. Já são cinco unidades implantadas nos municípios: Vitória, Serra, Muniz Freire, Ecoporanga e Cachoeiro de Itapemirim.
A Escola Viva nasceu para ser uma escola de educação integral, com experiências educacionais amplas e profundas. Formar jovens capazes de realizar sonhos, competentes no que fazem e solidários com o mundo em que vivem. É com esses objetivos que o programa Escola Viva foi implantado e está sendo ampliado na rede pública estadual.
Com um currículo diversificado, organização curricular flexível, a Escola Viva conta com as disciplinas obrigatórias (Português, Matemática, Química, Física e etc.) e também eletivas, em que os estudantes escolhem de acordo com seu interesse e aptidão. A escola disponibilizará um rol de disciplinas eletivas com temas como Cinema, Teatro, Robótica, entre outras disciplinas, oferecidas semestralmente.
Além da estrutura diferenciada e do currículo inovador, na Escola Viva os profissionais possuem dedicação integral e o tempo que o aluno permanece na escola é de 9 horas e 30 minutos. A carga horária é das 7h30 às 17 horas, sendo 1h20 minutos para o almoço e dois intervalos de 20 minutos para o lanche, ofertados dentro da escola.
O programa Escola Viva possui um conjunto de inovações: acolhimento aos estudantes, às equipes escolares e às famílias; avaliação diagnóstica/nivelamento; disciplinas eletivas; salas temáticas; ênfase prática sem laboratórios; tecnologia de gestão educacional; tutoria; aulas de projeto de vida; aulas de práticas e vivências em protagonismo; aula de estudo orientado; e aprofundamento de estudo (preparação acadêmica/mundo do trabalho).
O Programa de Escolas Estaduais de Ensino Médio em Turno Único, denominado “Escola Viva”, foi instituído pela Lei Complementar Nº 799.
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